Como somos uns pobres de espírito...
É um problema quando chegamos à paragem do autocarro, e ele acabou de se ir embora (logo quando precisávamos de chegar rápido à Universidade). É um aborrecimento quando recebemos uma carta a dizer que afinal a nossa colaboração não é essencial para um emprego que estavamos mesmo a precisar (e ainda por cima se nos lembrarmos que tivemos de pagar pela notícia porque alguém não pôs selos suficientes). É frustrante quando todo o trabalho que foi feito para uma aula é irrelevante (só para não dizer completamente errado) porque nos esquecemos de um pequeno promenor que troca tudo. É absolutamente irritante quando vamos a telefonar para o centro de saúde e reparamos que acabamos de ficar sem saldo no telemóvel. Mas o que torna o dia realmente catastróficamente catastrófico é quando se insiste que se está mesmo a precisar de ver um médico, mas em vez disso ficamo-nos pela enfermeira (porque neste país parece-me que nunca ninguém adoece fortemente) e a virose afinal já é só um congestionamento, portanto nada de antibiótico mas as mesmas muitas dores de ouvidos, a juntar ao facto de se ter uma dissertação gigante para se escrever e além da disposição ser pouca o conhecimento da matéria não parece suficiente, isto só para não se falar de quando se está a um passo de adquirir um objecto essêncial que acabou de subir de preço.
É claro que pensar que chegar a casa e apercebermo-nos que vivemos com as melhores pessoas da cantarbúria (apesar de ainda haver uma alma perdida que também vale muito a pena), e que além de termos uma casa anarquicamente espectacular, é bom discutirmos um dia enquanto comemos pizza acabada de sair do forno e nos congratulamos por finalmente termos conseguido que o Bob tenha ido num “date” com a Sarah (o nosso amigo imaginário, e a amiga imaginária dos 4 anos). O facto de depois sermos capazes de escrever o essay todo, bibliografia incluída, com uma semana de antecedência foi um acidente de percurso. É mais que óbvio que o facto de a única pessoa que jamais lerá alguma coisa na vida se ter dado ao trabalho de ler o meu blog, e pensar que um dos posts só se tornou público porque era mesmo impossível ser lido pelo destinatário(!), não é nada comparado com os desastres do mundo. É evidente que faltarem três semaninhas para voltar a casa e matar, e se não vão ser bem matadas, saudades do meu mundo não se compara com as três semanas de trabalho que se avizinham. O Canterbury Tate-living- room ter sido inaugurado com a sua primeira obra prima “Clockwork Orange” (do qual prometo “postar” uma fotografia logo que a pintora autorize), revelando um grande passo na vida de uma pintora que eu pensei que jamais se viria a revelar, é uma banalidade sem relevância nenhuma. Nem vale a pena falar daquela amiga, mesmo amiga, de quando tinhamos 8 aninhos que nunca mais voltamos a ver, e que provavelmente já seguiu caminhos completamente diferentes e que apesar de ficar sempre comnosco não há esperança de voltarmos a re-encontrar, vir fazer uma visita e dar noticias há muito esperadas. Realmente, ter encontrado as chaves deve mesmo ter sido a única coisa memorável...
É um problema quando chegamos à paragem do autocarro, e ele acabou de se ir embora (logo quando precisávamos de chegar rápido à Universidade). É um aborrecimento quando recebemos uma carta a dizer que afinal a nossa colaboração não é essencial para um emprego que estavamos mesmo a precisar (e ainda por cima se nos lembrarmos que tivemos de pagar pela notícia porque alguém não pôs selos suficientes). É frustrante quando todo o trabalho que foi feito para uma aula é irrelevante (só para não dizer completamente errado) porque nos esquecemos de um pequeno promenor que troca tudo. É absolutamente irritante quando vamos a telefonar para o centro de saúde e reparamos que acabamos de ficar sem saldo no telemóvel. Mas o que torna o dia realmente catastróficamente catastrófico é quando se insiste que se está mesmo a precisar de ver um médico, mas em vez disso ficamo-nos pela enfermeira (porque neste país parece-me que nunca ninguém adoece fortemente) e a virose afinal já é só um congestionamento, portanto nada de antibiótico mas as mesmas muitas dores de ouvidos, a juntar ao facto de se ter uma dissertação gigante para se escrever e além da disposição ser pouca o conhecimento da matéria não parece suficiente, isto só para não se falar de quando se está a um passo de adquirir um objecto essêncial que acabou de subir de preço.
É claro que pensar que chegar a casa e apercebermo-nos que vivemos com as melhores pessoas da cantarbúria (apesar de ainda haver uma alma perdida que também vale muito a pena), e que além de termos uma casa anarquicamente espectacular, é bom discutirmos um dia enquanto comemos pizza acabada de sair do forno e nos congratulamos por finalmente termos conseguido que o Bob tenha ido num “date” com a Sarah (o nosso amigo imaginário, e a amiga imaginária dos 4 anos). O facto de depois sermos capazes de escrever o essay todo, bibliografia incluída, com uma semana de antecedência foi um acidente de percurso. É mais que óbvio que o facto de a única pessoa que jamais lerá alguma coisa na vida se ter dado ao trabalho de ler o meu blog, e pensar que um dos posts só se tornou público porque era mesmo impossível ser lido pelo destinatário(!), não é nada comparado com os desastres do mundo. É evidente que faltarem três semaninhas para voltar a casa e matar, e se não vão ser bem matadas, saudades do meu mundo não se compara com as três semanas de trabalho que se avizinham. O Canterbury Tate-living- room ter sido inaugurado com a sua primeira obra prima “Clockwork Orange” (do qual prometo “postar” uma fotografia logo que a pintora autorize), revelando um grande passo na vida de uma pintora que eu pensei que jamais se viria a revelar, é uma banalidade sem relevância nenhuma. Nem vale a pena falar daquela amiga, mesmo amiga, de quando tinhamos 8 aninhos que nunca mais voltamos a ver, e que provavelmente já seguiu caminhos completamente diferentes e que apesar de ficar sempre comnosco não há esperança de voltarmos a re-encontrar, vir fazer uma visita e dar noticias há muito esperadas. Realmente, ter encontrado as chaves deve mesmo ter sido a única coisa memorável...
Enfim, pelo menos eu...definitivamente pobre de espírito!
....mas agora que identificado, isto vai mudar!...
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