Tuesday, September 29, 2009
Vida de Estudante
Torna-se claro que voltei à vida de estudante quando o momento alto do meu dia é ter finalmente comprado o abre latas que me faltava para puder comer a minha salada de atum! Que triste vida esta...
(especialmente quando recebo mensagens sobre botas roxas da Miss 60 escandalosas, não é?)
Monday, September 28, 2009
Kent (all over again)
Na passada sexta-feira entrei “finalmente” no avião da ryanair que me ia trazer novamente a Inglaterra. Foi, no mínimo, estranho. Se quisesse ser verdadeiramente honesta diria que estava em pânico: a espera tinha finalmente acabado, no momento em que eu entrasse naquele avião o meu mestrado ia começar.
Quando finalmente cheguei à Canterbúria, invadiu-me um misto de pânico e curiosidade. Afinal de contas eu estava prestes a começar o mestrado que EU queria. Isso mesmo, estava finalmente prestes a começar o mestrado que EU tinha escolhido sem ninguém me dizer que não era esse que devia ser feito.
Mal chego abre-me a porta do meu novo “corredor” uma rapariga com duas torres Eiffel penduradas nas orelhas. A imagem daqueles brincos peculiares ainda não me saiu da cabeça. É como se aqueles brincos captassem na perfeição a rapariga que o traz postos. Gosto dela, é simpática (ou pelo menos parece, se bem que mal conseguimos trocar duas palavras visto que o inglês dela é absolutamente macarrónico). Nunca tinha saído da china, e portanto a primeira vez na Europa, e ainda está fascinada com o mundo. Fico então a saber que no meu “corredor” somos todos estrangeiros: cinco chineses, uma rapariga do Quénia, uma Grega, e Eu.
Não conheço ninguém. Sinto-me sozinha. Nem a rapariga da torre Eiffel apareceu na cozinha durante o fim de semana para que eu pudesse falar com alguém. Apesar de estar de volta ao mesmo sítio, é tudo diferente. Estou sozinha pela primeira vez – completamente sozinha, sem ninguém para ir almoçar, ou ir ás compras ao Tesco, ou até mesmo ver um filme quando já não há mesmo mais nada para fazer. “Hás-de fazer amigos quando as aulas começarem” – é o que me diz toda a gente.
Depois deste fim de semana, estava eu prestes a desistir de tudo, atirar-me para a cama, e lamentar todas as decisões que me tinham levado a este ponto quando aparece a rapariga do Quénia. É simpática, dá para conversar um bocado enquanto faço o jantar, e é uma distracção que faz com que eu não tenha tempo para ter pena de mim. É positivo. Vou dormir.
Acordo para ir falar com o meu professor. É o tal com síndrome de Génio que eu julguei que nunca mais ia conseguir encontrar. Enganei-me. São 10 da manhã e ele já lá está. Eis que se dá o milagre: Eu falo com ele e percebo finalmente o que estou aqui a fazer. Percebo finalmente porque escolhi voltar e fazer um mestrado em filosofia do direito. Percebo o que estou aqui a fazer e porque quis para cá vir. Percebo o quanto gosto disto e o quão feliz estou por puder finalmente perceber se é mesmo isto que eu quero fazer. Percebo que sim, estou aqui para ficar.
Wednesday, September 16, 2009
Workers can reclaim holidays lost to sickness
(E afinal isto já acontece em Portugal!)
The ruling hinged on the case of Francisco Pereda, a Madrid council worker, who took legal action against his employer after being refused the right to alter his leave arrangements because of an injury suffered just before he was due to go on holiday.
The European court of justice in Luxembourg ruled in favour of Pereda, stating that he should have been able to alter his holiday arrangements and given the option to postpone his leave and add it to his entitlement for the following year.
Employment law experts said there was a chance the result could be interpreted as giving workers the right to claim extra holiday time even if they have been taken ill after their leave has begun.
"The danger of abuse is clear – an employee could increase his or her holiday entitlement by ensuring that in most years they alleged they were sick while on holiday," said Owen Warnock, a partner at law firm Eversheds.
He said most employers currently took the attitude that it is "bad luck" for employees if they fall ill while on holiday.
Ben Wilmott, senior public policy adviser at the CIPD, described the judgment as "extremely disturbing", adding that "It may be logical for lawyers, but it is a ruling completely divorced from the real world."
The ruling is effectively a reinterpretation of the European working time directive, which already applies across the UK.
It does not specify at what point the employee should notify the employer of injuries sustained, or what proof would be necessary. But the wording of the judgment states that if a "worker does not wish to take annual leave during a period of sick leave, annual leave must be granted to him for a different period".
Sophie Kummer, of the FSB said "[The ruling] is something that could be highly detrimental to small businesses, especially with the extra administration costs and so on. We'll see how it plays out in the UK, but it could be a serious business for our members."
Wilmott added that, as a consequence of the ruling, employers could be forced to review relatively generous occupational sick pay schemes and consider opting for statutory sick pay schemes instead.
"If ever there was a case of the law of unintended consequences, this could be it," he said."
(The Guardian, Tuesday 15th of September 2009)
Wednesday, September 09, 2009
Tuesday, September 08, 2009
Reclamações
Eu nasci para reclamar. Mas para reclamar a sério (!) de e-mail indignado, ou carta à direcção. Depois sinto-me mal, é claro... Se calhar não devia ser dada a tanta reclamação. “Tens demasiado tempo livre” dizem-me alguns... Mas afinal de contas sempre me disseram que era o meu direito!
Nos últimos três meses já declarei guerra ao Millennium BCP, à Eurosport, e ao Jornal i. E hoje foi mais uma a wook.pt! Mas tudo com motivos! É que, e em minha defesa, eu estou convencida de que se não reclamarmos é que as coisas nunca mais vão ser feitas. Se ninguém lhes disser nada, vão com certeza ficar convencidos de que fizeram mais um bom trabalho. Ora, eu não os quero equivocados! Em nome da dissolução de todos esses equívocos, venho então apelar a que se reclame quando não se está satisfeito.
Não gosto de me sentir sozinha neste mundo de reclamações civilizadas! É que já que não vou estar em Portugal para fazer valer o meu voto, faço ao menos valer a minha reclamação!