Friday, November 27, 2009
Mudaram as memórias
Mas eu, que infelizmente nunca vivi noutro tempo, não sei como era e vivo bem assim. É claro que eu, desarrumada como sou, vou sempre tendo surpresas agradáveis, como hoje. Hoje reencontrei memórias. Memórias das coisas boas e das coisas menos boas (porque as coisas verdadeiramente más nunca são fotografadas), memórias que estavam perdidas algures debaixo da cama, memórias que eram precisas e finalmente chegaram.
Por instantes estou de volta naquele momento.
E assim, de repente, fico com saudades. Fico com saudades de tudo, de todos. Porque aquele bocadinho roubado não é suficiente, quero mais, quero tudo outra vez. Quero fechar os olhos e reviver tudo, voltar a sentir tudo, abraçar o momento e ficar ali...para sempre. Quero-te aqui outra vez de malas aviadas para ir para o meu quarto, quero aquele natal de volta (mesmo que a árvore tenha sido uma desgraça, sentida mas mesmo assim uma desgraça), quero voltar a ir aquela festa, quero cantar os parabéns todos outra vez, quero repetir todas as viagens a todos os mundos. Quero tanto mais do que aqueles pedacinhos roubados me dão.
E mesmo assim sinto tudo outra vez, se bem que não tão intensamente. Sinto um misto de carinho e nostalgia... Mas é um sentimento tão longínquo, é um sentimento que quase não chega mas não se vai embora.
E no fim de tudo, tu dizes-me: “Eu sempre soube”
Wednesday, November 18, 2009
Revolutionary Road
Wednesday, November 11, 2009
Academia...what fun!
Sunday, November 08, 2009
Ice Hotel
No Return Point
Chegamos. Já não nos conheciam, já não havia Babar e o chão já não fazia barulho. Chegamos e tudo parecia pequenino, insignificante. Chegamos e nada era como nos lembrávamos.
Tudo muda sem nós querermos. Todos seguimos caminhos diferentes sem saber se alguma vez vamos ter tempo de olhar para trás e relembrar o caminho que percorremos. E, mesmo sabendo disto, é como se me sentisse traída cada vez que volto e tudo continuou sem mim.
Os sítios mudam, as pessoas seguem caminhos diferentes... E eu queria crescer com a certeza que ficava tudo na mesma. Queria crescer e saber que, independentemente das decisões que decidisse tomar o mundo ia ficar sempre igual. Mas fazemos disparates, tomamos decisões, e, sejam elas certas ou erradas, o mundo muda sempre.
E não importa pensar no Babar que já não existe, ou naquele mundo em que já não somos ninguém. Não importa pensar em tudo o que já lá vai, nem voltar atrás. Voltamos atrás para quê? O mundo mudou todo sem nos pedir autorização.